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26.11.25
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Principais atualizações do setor de Óleo e Gás em outubro de 2025

Em outubro, a regulação voltou a influenciar diretamente a atratividade e o planejamento de projetos de petróleo e gás no Brasil. A conversão da MP nº 1.304/2025 no PLV nº 10/2025 reacendeu debates sobre preços de referência e limites de reinjeção de gás, temas centrais para contratos de longo prazo e cálculos de participações governamentais.

Na quarta edição da Newsletter de Óleo e Gás, reunimos os destaques do mês:

  • Reconfiguração regulatória e impacto econômico

O PLV nº 10/2025 despertou posicionamentos de ANP e IBP, que alertaram para riscos jurídicos e operacionais na adoção de cotações internacionais e regras de preço de transferência como base para royalties e participação especial. A possibilidade de limites prévios de reinjeção também reacende discussões sobre recuperação de reservas e aproveitamento do gás associado.

  • Avanço da exploração e entrada de novos players

O 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha resultou na arrematação de cinco blocos e marcou a estreia de Karoon, Sinopec e CNOOC no regime de partilha, além do primeiro consórcio integralmente chinês no pré-sal. O movimento amplia a pluralidade competitiva e fortalece o dinamismo do setor.

  • Agenda regulatória do gás natural

A ANP avançou com audiências públicas sobre tarifas de transporte, acesso a terminais de GNL e revisão de regras do mercado. Paralelamente, o governo lançou o Decreto nº 12.649/2025, que institui o programa “Gás do Povo”, integrando logística e política social.

  • Biocombustíveis e transição energética

A EPE publicou estudos sobre biorrefinarias e confirmou projeções de forte expansão do setor, estimando mais de R$ 110 bilhões em investimentos até 2035. Novas consultas públicas do MME reforçam a integração entre o Combustível do Futuro, o RenovaBio e metas de emissões para o mercado de gás.

  • Conteúdo local, oferta de blocos e novos leilões

Houve avanços na política de conteúdo local para embarcações e navios, além da inclusão de novos blocos na Oferta Permanente de Concessão. O mês também marcou o lançamento do leilão das participações da União nos AIPs de Mero, Tupi e Atapu.

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